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O momento é oportuno: um zagueiro do West Brom, Liam Ridgewell, apareceu numa foto em que usava notas de 20 libras como papel higiênico. Enquanto o país atravessa uma crise econômica, ele ganha cerca de 103 mil euros ou seja cerca de 84 mil libras. E o dinheiro que os adeptos gastam para ver o West Brom e Liam em campo acabou ali, literalmente na sua casa de banho. A cena causou indignação entre os fãs do clube. Um deles até mesmo lembrou que, até 100 anos atrás, tal acto desrespeito com o país e a rainha, cujo rosto ilustra as notas de 20 libras, era punido com a forca.

Os jogadores ingleses ganham muito e entregam pouco. Jogam feio como a Itália! Em comparação, como as Olimpíadas mostraram, atletas de outros desportos recebem muito menos e entregam muito mais. Os heróis desportivos ingleses hoje estão longe dos campos de futebol, da heptatleta Jessica Ennis e ao corredor Mo Farah.

Se não bastasse a combinação miserável de muito dinheiro e pouco resultado, os futebolistas ingleses de ponta são mascarados e mercenários. Acabaram tornando-se completamente distantes dos adeptos. À vinte anos atrás, um jogador típico ganhava 15 vezes mais que um adepto típico em Inglaterra. Hoje, ganha centenas de vezes mais.

Trocando a Inglaterra por Portugal os valores são menores, mas o quadro é parecido. Odiamos os jogadores de futebol pelas mesmas razões. Achamos que são mercenários, mascarados e incompetentes. Há muito de paixão nisso, é certo. Mas também há muito de verdade.

Até quando o futebol vai tolerar os erros de arbitragem?

Tal não é o espanto de muitos quando sai a seguinte noticia: "FIFA autoriza instalação para testes em estádios de ‘árbitro eletronico’ que prova se bola entrou o não”.

Todos nós nos perguntamos até quando o futebol vai admitir os erros humanos e preferir isso à precisão dos aparelhos eletronicos.

Não se entende o porque de a FIFA não admitir a tecnologia no futebol e, dessa forma, permanecer conivente com as interferências grotescas dos arbitros. Por que não seguir o exemplo de desportos como o basquete, o futebol americano e a natação que, para tornaram o desporto mais competitivo e honesto.